Fotos: Pedro Piegas (Diário)
A festa animou pacientes e familiares na manhã desta terça-feira
Se engana quem pensa que o Carnaval acabou. A magia e a alegria da maior festa popular brasileira esteve presente na manhã de hoje na Turma do Ique. O local que atende a pacientes com câncer, anemias ou doenças patológicas, se transformou em uma quadra de samba decorada com serpentinas, máscaras e muito brilho. Animação e samba no pé foram quesitos básicos que garantiram a folia.
Um momento de diversão e de amenizar o sofrimento causado pela doença. De acordo com a organizadora do carnaval, Pedrolina Barboza Marques, 71 anos, esta é uma das comemorações realizadas anualmente que contribui para levar qualidade no tratamento de cada um dos 400 pacientes atendidos por mês.
_Isso é saúde, felicidade. Eles cobram da gente e nos esmeramos ao máximo, todo mundo trabalha junto. Isso nos gratifica muito todos os anos, cada uma faz uma parte e o carnaval sai _ comenta Pedrolina.
Além de consultas médicas e dos lanches, os pacientes e familiares que vem de vários lugares do Estado consultar no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) encontram carinho e acolhimento em meio a tanta dor e dificuldade.
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Este ano, a Bateria da Escola de Samba Vila Brasil deu ritmo a folia. As rainhas da Escola de Samba e da Corte do Carnaval de Santa Maria, integrantes da Ala das Baianas e Pasistas junto com o bloco Gaudérios da Folia do CTG Sentinela da Querência participaram da festa.
_ Para nós é uma oportunidade única, de conviver e aprender com eles também. O CTG sempre procura fazer parte em todos os segmentos da sociedade e este é mais um desses momentos, é especial _ salienta Joseane Ávila Trindade Rodrigues, 57 anos, integrante do bloco.
Para a dona de casa Fátima Lopes, 49 anos e a filha Brenda, 10 anos, a festa fora de época tinha dois motivos especiais era motivo de alegria dupla. Além de gostar de sambar e do carnaval, ela e a mãe comemoravam o fim do tratamento contra Leucemia.
_ Na segunda-feira a Brenda fez a última quimioterapia, de um total de 106 então viemos comemorara em grande estilo. O tratamento foi difícil, foi uma luta difícil_ relembra a dona de casa, Fátima Lopes, 49 anos.
Para participar da festa, mãe e filha estavam fantasiadas. A dona de casa escolheu a roupa de dama de copas, a Brenda, de Mulher Maravilha. Isso tudo tem uma explicação.
_ Escolhi essa fantasia porque a Mulher Maravilha é guerreira e é assim que eu me sinto. Eu gosto muio de sambar e agora com o fim do tratamento a vida vai seguir melhor _ disse Brenda.
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A festa durou pouco, porque as consultas precisavam continuar, é por isso que tudo foi registrado com o celular pelos familiares que também não perderam a oportunidade. Momentos como este, organizados pelos funcionários da Turma do Ique, fazem toda a diferença no dia a dia de quem muitas vezes não pode festejar na rua.
Durante a festa, teve lanche e muita animação. Além disso, foi escolhida a corte da instituição formada por sete pessoas, miss simpatia, rainha, 1ª e 2ª princesa, melhor sambista e passista, rei momo. Eles receberam brindes como premiação.